Meditação





Se DEUS é tudo que você tem, então você tem tudo que precisa.

“... Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.”

(1Coríntios 2.9)



sábado, 26 de setembro de 2009

Três Coisas

Três coisas na vida que depois de passarem não voltam
1. Tempo
2. Palavras
3. Oportunidades
Três coisas que podem destruir uma pessoa
1. Raiva
2. Orgulho
3. Não perdoar
Três coisas que nunca devemos perder
1. Esperança
2. Paz
3. Honestidade

Três coisas que são valiosas
1. Amor Verdadeiro
2. Familia
3. Amigos
Três coisas que nunca podem ser dadas como certas
1. Fortuna
2. Sucesso
3. Sonhos
Três coisas que fazem ser uma pessoa digna
1. Compromisso
2. Sinceridade
3. Trabalho honesto
Três verdades constantes
- Pai - Filho - Espirito Santo

O Antídoto Contra o Materialismo

O Rei Salomão apresenta algumas percepções interessantes em Eclesiastes 5:10-15. A seguir, os versículos, com minhas paráfrases:

"Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente" (v10). Quanto mais você tem, mais você quer ter.

"Quem ama as riquezas jamais ficará satisfeito com os seus rendimentos" (v10). Quanto mais você tem, mais você se sente insatisfeito.

"Quando aumentam os bens, também aumentam os que os consomem" (v11). Quanto mais você tem, mais pessoas (incluindo o governo) desejarão usufruir dos seus bens.


"E que benefício trazem os bens a quem os possui, senão dar um pouco de alegria aos seus olhos?" (v11). Quanto mais você tem, mais você percebe que a riqueza material não tem grande utilidade.

"O sono do trabalhador é ameno, quer coma pouco quer coma muito, mas a fartura de um homem rico não lhe dá tranqüilidade para dormir" (v12). Quanto mais você tem, mais motivos tem para se preocupar.

"Há um mal terrível que vi debaixo do sol: riquezas acumuladas para infelicidade do seu possuidor" (v13). Quanto mais você tem, mais chance tem de sofrer por apegar-se à sua fortuna.

"Se as riquezas dele se perdem num mau negócio, nada ficará para o filho que lhe nascer" (v14). Quanto mais você tem, mais tem a perder.

"O homem sai nu do ventre de sua mãe, e como vem, assim vai. De todo o trabalho que se esforçou nada levará consigo" (v15). Quanto mais você tem, mais terá de deixar quando partir.

Salomão, o homem mais rico que já existiu, aprendeu que a abundância não satisfaz e quanto maior a ambição, mais se persegue miragens. Como o dinheiro geralmente acaba antes de as pessoas realizarem os seus sonhos mirabolantes, costuma-se acreditar no estereótipo de que a realização provém apenas daquilo que não podemos ter.

Mas Salomão nunca ficou sem dinheiro. "Não me neguei nada que os meus olhos desejaram; não me recusei a dar prazer algum ao meu coração" (Ec 2:10).

Salomão chegou à seguinte conclusão: "Contudo, quando avaliei tudo o que as minhas mãos haviam feito e o trabalho que eu tanto me esforçara para realizar, percebi que tudo foi inútil, foi correr atrás do vento; não há nenhum proveito no que se faz debaixo do sol" (Ec 2:11).

Por que continuamos a nos enganar? Porque nossos corações anseiam por riquezas aqui e agora. Temos a tendência de acreditar que as riquezas deste mundo são as verdadeiras riquezas, quando na verdade elas não passam de pálidas sombras das verdadeiras riquezas.

Contudo, os bens materiais podem se transformar em tesouros celestiais. Veja o que A. W. Tozer nos diz: "Como algo freqüentemente necessário, o dinheiro também pode ser transformado em tesouros eternos. Posso, por exemplo, transformar o dinheiro em alimento para os que têm fome ou em roupas para os pobres, posso usá-lo para garantir o sustento de missionários que levam o Evangelho para aqueles que não conhecem a Jesus, e assim transformá-lo em tesouros celestiais. Qualquer bem temporal pode ser transformado em um tesouro eterno. Tudo o que oferecemos a Cristo é imediatamente revestido de imortalidade".

Mas como podemos nos curar da ganância? Existe algum antídoto contra o materialismo? O apóstolo Paulo nos oferece uma resposta: "Ordene aos que são ricos no presente mundo que não sejam arrogantes, nem ponham a sua esperança na incerteza da riqueza, mas em Deus, que de tudo nos provê ricamente, para a nossa satisfação. Ordene-lhes que pratiquem o bem, sejam ricos em boas obras, generosos e prontos a repartir. Dessa forma, eles acumularão um tesouro para si mesmos, um firme fundamento para a era que há de vir, e assim alcançarão a verdadeira vida" (1 Tm 6:17-19).

Ofertar é o único antídoto contra o materialismo.

sábado, 19 de setembro de 2009

Evangelismo

Vários irmãos dedicaram parte da manhã do sábado, dia 19 de setembro, para distribuir folhetos, e contatar pessoas nas proximidades da igreja, preparando-se desta forma para o esforço evangelístico a ser realizado na cidade de Santa Isabel-SP.

Adolescentes

Os adolescentes estiveram reunidos no domingo passado, dia 13 de setembro, para confraternização e estudo bíblico. O irmão Luciano, um dos responsáveis pelo trabalho com eles, apresentou uma palestra chamando a atenção dos “teens” para a necessidade de harmonia na convivência em grupo. A dinâmica foi preparada pelos irmãos Henrique e Airton. Vinte e três adolescentes participaram do encontro, com o apoio de pais e diversos irmãos.

Já leu a sua Bíblia hoje?????

Um discípulo chegou para seu mestre e perguntou: - Mestre, por que devemos ler e decorar a Bíblia se nós não conseguimos memorizar tudo e com o tempo acabamos esquecendo? Somos obrigados a constantemente decorar de novo o que já esquecemos. O mestre não respondeu imediatamente ao seu discípulo. Ele ficou olhando para o horizonte por alguns minutos e depois ordenou ao discípulo: - Pegue aquele cesto de junco, desça até o riacho, encha o cesto de água e traga até aqui. O discípulo olhou para o cesto sujo e achou muito estranha a ordem do mestre, mas, mesmo assim, obedeceu. Pegou o cesto sujo, desceu os cem degraus da escadaria do mosteiro até o riacho, encheu o cesto de água e novamente começou a subir. Como o cesto era todo cheio de furos, a água foi escorrendo e quando chegou até o mestre já não restava nada. O mestre perguntou-lhe: - Então, meu filho, o que você aprendeu? O discípulo olhou para o cesto vazio e disse, jocosamente: - Aprendi que cesto de junco não segura água. O mestre ordenou-lhe que repetisse o processo de novo. Quando o discípulo voltou com o cesto vazio novamente, o mestre perguntou-lhe: - Então, meu filho, e agora, o que você aprendeu? O discípulo novamente respondeu com sarcasmo: - Que cesto furado não segura água. O mestre, então, continuou ordenando que o discípulo repetisse a tarefa. Depois da décima vez, o discípulo estava desesperadamente exausto de tanto descer e subir as escadarias. Porém, quando o mestre lhe perguntou de novo: - Então, meu filho, o que você aprendeu? O discípulo, olhando para dentro do cesto, percebeu admirado: - O cesto está limpo! Apesar de não segurar a água, a repetição constante de encher o cesto acabou por lavá-lo e deixá-lo limpo. O mestre, por fim, concluiu: - Não importa que você não consiga decorar todas as passagens que você lê da Bíblia, o que importa na verdade, é que através deste processo a sua mente e a sua vida ficam limpas diante de Deus. Já leu a sua Bíblia hoje? Não deixe de ler a Palavra de Deus!!! "Faze-me saber os Teus caminhos, Senhor, ensina-me as tuas veredas..." Salmos 25.4

sábado, 12 de setembro de 2009

Cinco Maneiras de Afastar seu Filho da Igreja

PRIMEIRA: Diante das menores dificuldades, tais como indisposição, chuva, frio, cansaço, não vá aos cultos nem à Escola Bíblica. Com isso, seu filho vai crescer com a idéia de que participar das atividades da igreja não é assim tão necessário. "E consideremo-nos uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não abandonando a nossa congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais, quando vedes que se vai aproximando aquele dia" (Hb 10.24,25).
SEGUNDA: Quando estiver à mesa ou em reuniões da família, faça críticas ou comentários negativos sobre as orientações do pastor e de outros líderes da igreja. Assim, seu filho vai crescer não tendo respeito por eles, nem dando crédito aos seus ensinos. "Ora, rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós, presidem sobre vós no Senhor e vos admoestam; e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós" (1Ts 5.12,13).
TERCEIRA: Cuide para que seu filho cresça num lar que não seja diferente de qualquer outro. Afinal, que valor há em aplicar os princípios da palavra de Deus a todos os aspectos da vida familiar? "E estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos, e delas falarás sentado em tua casa e andando pelo caminho, ao deitar-te e ao levantar-te" (Dt 6.6,7).
QUARTA: Gaste diante da televisão todo o tempo que passa em casa, em vez de separar parte dele para a leitura da Bíblia e oração. Basta apenas orar na hora das refeições. Com certeza, seu filho aprenderá que oração e estudo da palavra de Deus não são coisas importantes para a vida do crente. "E o terá consigo (o livro da lei), e nele lerá todos os dias da sua vida, para que aprenda a temer ao Senhor seu Deus, e a guardar todas as palavras desta lei, e estes estatutos, a fim de os cumprir" (Dt 17.19).
QUINTA: Comente à vontade e sem misericórdia a vida dos demais membros da igreja e de outras pessoas. Depois, aos encontrá-los, não deixe cumprimentá-los com um forte abraço e um largo sorriso. Com isso, seu filho terá a impressão de que a vida cristã é pura hipocrisia e desejará seguir o mesmo caminho. "Que a ninguém infamem, nem sejam contenciosos, mas moderados, mostrando toda a mansidão para com todos os homens
" (Tt 3.2).
FAÇA ISTO: Incentive seu filho a ser um cristão verdadeiro e a ter compromisso com Deus e com a igreja. Seja um exemplo para o seu filho. Transmita a seu filho os valores da palavra de Deus. Se ele ainda não fez uma decisão por Jesus, ajude-o a fazer isso. Faça o possível para que ele seja feliz e cumpridor dos seus deveres como cristão e como cidadão.
"Instrui o menino no caminho em que deve andar, e até quando envelhecer não se desviará dele" (Pv 22.6).

O tamanho das pessoas

Quando olhamos para uma pessoa dentre as coisas que observamos estão algumas características físicas. Se atentarmos apenas para a altura, o porte, podemos dizer é grande ou pequena se atentarmos para o aspecto físico, altura, porte.
Se tivermos a oportunidade de observar o seu comportamento, em especial, no tratamento com o próximo, poderemos afirmar sua grandeza ou pequenês.
Na realidade, não existe um instrumento para medir. O instrumento de medição de uma pessoa é bem diferente daquele que usamos para verificar o seu tamanho
Quando olho para uma pessoa procuro observar, além dos traços físicos, o seu modo de tratar o próximo. Em o nosso contexto é cada vez mais frequente as pessoas chamarem as outras de “grande”, “poderoso” ou “poderosa”, “rei”, “rainha” ou “princesa”. Contudo, o comportamento destas pessoas reflete sua pequenês e o quanto estão distantes da “nobreza” que lhes são atribuídas.
Recebi recentemente um texto de Shakespeare que muito me fez refletir sobre o tamanho das pessoas, o qual compartilho com vocês agora.
“Os tamanhos variam conforme o grau de envolvimento… Uma pessoa é enorme para você, quando fala do que leu e viveu, quando trata você com carinho e respeito, quando olha nos olhos e sorri destravado. É pequena para você quando só pensa em si mesma, quando se comporta de uma maneira pouco gentil, quando fracassa justamente no momento em que teria que demonstrar o que há de mais importante entre duas pessoas: a amizade, o carinho, o respeito, o zelo, e até mesmo o amor. Uma pessoa é gigante para você quando se interessa pela sua vida, quando busca alternativas para o seu crescimento,quando sonha junto com você. É pequena quando desvia do assunto. Uma pessoa é grande quando perdoa, quando compreende, quando se coloca no lugar do outro, quando age não de acordo com o que esperam dela, mas de acordo com o que espera de si mesma. Uma pessoa é pequena quando se deixa reger por comportamentos clichês. Uma mesma pessoa pode aparentar grandeza ou miudeza dentro de um relacionamento, pode crescer ou decrescer num espaço de poucas semanas. Uma decepção pode diminuir o tamanho de um amor que parecia ser grande. Uma ausência pode aumentar o tamanho de um amor que parecia ínfimo. É difícil conviver com esta elasticidade: as pessoas se agigantam e se encolhem aos nossos olhos. Nosso julgamento é feito não através de centímetros e metros, mas de ações e reações, de expectativas e frustrações. Uma pessoa é única ao estender a mão e, ao recolhê-la inesperadamente, se torna mais uma. O egoísmo unifica os insignificantes. Não é a altura, nem o peso, nem os músculos que tornam uma pessoa grande……é a sua sensibilidade, sem tamanho…” (Willian Shakespeare)

O Valor das coisas Insignificantes

Notou-se, certa vez, que o sino de uma igreja estava produzindo sons estranhos e irregulares. O fabricante foi chamado para descobrir o defeito. A causa, encontrada, era a mais simples possível: quando lubrificaram o sino, caíram alguma gotas de óleo na borda inferior, de forma que prejudicava o som. Eram pequenas gotas insignificantes.

Pequeninos males, pecados que julgamos sem importância alguma, vão se acumulando em nossas almas e trazem sérios prejuízos espirituais, de modo que o tom de nossa vida religiosa se vai alterando, sem que, todavia, os homens percebam as causas secretas perturbadoras da harmonia do caráter. Deus é quem as conhece.

Lapis

Lapis! Tudo depende do modo como você olha as coisas. Há cinco qualidades no lápis que, se você conseguir mantê-las, será sempre uma pessoa em paz com o mundo. Primeira qualidade: você pode fazer grandes coisas, mas não deve esquecer nunca que existe uma Mão que guia seus passos. Essa mão nós chamamos de Deus, e Ele deve sempre conduzi-lo em direção à Sua vontade. Segunda qualidade: de vez em quando é preciso parar o que está escrevendo, e usar o apontador. Isso faz com que o lápis sofra um pouco, mas no final, ele está mais afiado. Portanto, saiba suportar algumas dores, porque elas o farão ser uma pessoa melhor. Terceira qualidade: o lápis sempre permite que usemos uma borracha para apagar aquilo que estava errado. Entenda que corrigir uma coisa que fizemos não é necessariamente algo mau, mas algo importante para nos manter no caminho da justiça. Quarta qualidade: o que realmente importa no lápis não é a madeira ou sua forma exterior, mas o grafite que está dentro. Portanto, sempre cuide daquilo que acontece dentro de você. Finalmente, a quinta qualidade do lápis: ele sempre deixa uma marca. Da mesma maneira, saiba que tudo que você fizer na vida, irá deixar traços, portanto procure ser consciente de cada ação.

sábado, 5 de setembro de 2009

Atividades

ENCONTRO DE ADOLESCENTES, dia 13 de setembro, após o culto da manhã. Mais informações com Luciano.
ENCONTRO FEMININO – SANTA ISABEL, dia 12 de setembro, das 08h às 16h. Local: Rua Mário Mendes de Camargo, 101 – Centro – Santa Isabel/SP. Faça a sua inscrição com a Maria Izabel.
ALMOÇO DE CONFRATERNIZAÇÃO, dia 20 de setembro às 13h. Façam planos para usufruir a companhia da irmandade durante a tarde. Se você e sua família pretendem participar, informem-se com Nadir.
REUNIÃO DE PROFESSORES, dia 20 de setembro às 16h.
6º SEMINÁRIO DA MOCIDADE - “EDIFICAÇÃO, CONSTRUINDO PARA A ETERNIDADE”, dia 17 de outubro, das 08h30 às 16h30. Jovens,
participem, divulguem, convidem seus amigos e parentes, venham fazer parte desta construção divina. Mais informações com Washington e Gesiane, César e Marta, Edriano e Tatiana, Sandra Menezes, Thiago e Priscila.
CONGRESSO FEMININO NACIONAL (CFN) – NOVA DATA: 26 A 28 DE NOVEMBRO. Inscrições com Nadir/Neiva. Mais informações com Miriam.

Nicolas Winton

Ao chegar na Checoslováquia entendeu o que o amigo queria dizer. Diante de seus olhos, milhares de refugiados desesperados - judeus assustados, comunistas e dissidentes políticos tinham que deixar o país rapidamente por causa do Acordo de Munique, assinado em setembro e, segundo o qual, a Grã-Bretanha, França e Itália haviam concordado em retirar suas tropas do território checo e ceder à Alemanha uma parte deste território. "Quando vi todas aquelas pessoas, percebi que deveria fazer algo para ajudá-las". E fez.Winton ficou três semanas em Praga, coletando fotos e informações sobre jovens que precisavam de ajuda. Ao retornar à Grã-Bretanha, teve que convencer o governo a permitir a entrada dos jovens refugiados, o que de fato conseguiu, e atender as condições impostas pelas autoridades. Winton conseguiu através do apoio de organizações beneficentes e de organizações cristãs encontrar pessoas interessadas em adotar os refugiados, assim como obter os recursos necessários para o transporte e para o deposito de 50 libras para cada criança .Durante os primeiros nove meses de 1939, organizou o transporte de crianças para a Grã-Bretanha, chegando ao total de 664 jovens, dos quais 90% eram judeus. O novo grupo, com quase 200 passageiros, deveria partir no dia 3 de setembro, quando a guerra eclodiu. Todos os meios de transportes foram bloqueados e os que não conseguiram sair da Checoslováquia foram enviados aos campos de concentração, nos quais acabaram morrendo, como milhares de outros judeus, durante o período de 1939 a 1945.Apesar de todo o seu empenho, porém, o responsável por essas operações de resgate permaneceu oculto por quase meio século. Nem as crianças por ele salvas sabiam a quem agradecer por estarem vivas. O fato tornou-se conhecido, mais por obra do destino do que por iniciativa de Winton.No final de 1987, enquanto organizava seus documentos, Winton encontrou a listagem do nome de todas as crianças que havia salvado em 1939. Não sabendo o que fazer com a lista, foi aconselhado por um amigo a entregá-la à Dra. Elizabeth Maxwell, uma especialista em estudos sobre o Holocausto, esposa de um jornalista judeu, o magnata Robert Maxwell. A história foi publicada no Sunday Mirror, um dos tablóides da família Maxwell, com grande repercussão.A apresentadora de televisão londrina Esther Rantzen, ouvindo a história, interessou-se em trazê-lo a seu programa, "That's life". Sob o pretexto de que viesse apenas assistir ao show para prestigiá-la, colocou Winton estrategicamente na primeira fileira. Durante o programa, Rantzen anunciou: "Senhor Winton, tenho uma surpresa para lhe contar. Sentados ao seu lado estão duas das pessoas que o senhor salvou da Checoslováquia, em 1939".Vera Gissing, que estava ao seu lado, relembra que seus olhos se arregalaram ao fitá-la e começaram a lacrimejar: "Para mim, após tantos anos, ter finalmente conhecido o homem que salvou minha vida, foi um momento muito especial. Fiquei apenas preocupada com ele, pois pensei que, que aos 80 anos, o choque seria muito forte. Apesar da grande alegria em nos conhecer, ele não gostou da maneira como a apresentação foi feita".Ela escreveu a biografia de Winton em reconhecimento a seu ato de coragem. Na obra, a autora relata toda a sua vida, seus méritos e a operação de resgate que se iniciou em 1938. Na época, ele trabalhava como operador na Bolsa de Valores. Vera Gissing conta que, quando a guerra eclodiu, não havia quase nada que Winton pudesse fazer para ajudar os refugiados. Porém em 1942, ele abandonou o mercado financeiro e tornou-se voluntário da Cruz Vermelha, na França. Posteriormente começou a trabalhar nas Nações Unidas e, em seguida, no International Bank, em Paris. Depois de se aposentar dedicou-se exclusivamente ao trabalho voluntário, tendo sido homenageado em 1993 com o título de Membro do Império Britânico e incluído na lista de honra da rainha Elizabeth.Atualmente, Winton vive em Maidenhead, perto de Londres, com sua esposa, com a qual é casado desde 1948. Tem dois filhos; um terceiro faleceu na infância. Desde 1988, no entanto, sua família cresceu rapidamente. "Ele é nosso pai e avô honorário, porque nossa família foi exterminada durante a guerra", afirmou Vera Gissing.Sessenta destas "crianças" se reuniram em um evento chamado "Obrigado, Inglaterra", organizado pelo embaixador checo para honrar aqueles que acolheram e facilitaram a adaptação destes refugiados. Na ocasião, a atuação de Nicolas Winton foi comparada à de Oscar Schindler, por um dos organizadores.Nicolas Winton, no entanto, não entende o porquê de tantas homenagens. "Ele considera que apenas fez o seu dever", explica Vera Gissing. "Outras pessoas também tiveram méritos nesta operação, mas Winton foi quem idealizou e organizou o salvamento de tantas vidas. Sem ele, algumas poucas crianças poderiam ter sido salvas, apenas algumas".